Serviço de mediação social quer chegar à comunidade portuguesa
A associação Movimento para a Igualdade de Oportunidades (MEC), em Echternach, oferece um serviço regional de mediação social dedicado à resolução de conflitos entre vizinhos, em marcha desde Outubro de 2010. A associação quer agora dar a conhecer o serviço à comunidade portuguesa.
Oprojecto de mediação social para a resolução de problemas entre vizinhos da MEC "é o único no Luxemburgo que fornece este tipo de serviço", afirma Aurelia Pattou, a coordenadora do projecto. O objectivo da associação "é chegar à comunidade portuguesa", acrescenta a responsável, que sublinha que o serviço é confidencial e gratuito. Desde que abriu portas, o serviço já foi solicitado dezoito vezes mas o MEC tem objectivos mais ambiciosos e quer estender a mão à comunidade portuguesa residente na zona do Mullerthal e da Moselle, áreas onde o projecto está implantado.
"Queremos dar a conhecer o projecto aos portugueses, quebrar a barreira da língua e divulgar o serviço, para que saibam que o atendimento também é feito em português", esclarece Aurelia Pattou.
O serviço conta com 18 mediadores, que são pessoas que se voluntariaram para o projecto, e que receberam sessenta horas de formação em mediação social. Lurdes Freitas, de nacionalidade portuguesa, é uma das mediadoras da equipa e sublinha que "é importante que as pessoas saibam que oferecemos o serviço também em português". O serviço tem uma equipa multicultural, onde para além de mediadores de nacionalidade luxemburguesa, belga, francesa, alemã, italiana, espanhola e árabe, há três de nacionalidade portuguesa.
"O MAIS IMPORTANTE É O DIÁLOGO"
"Os problemas entre vizinhos são muito profundos, e trata-se de questões muito pessoais", sublinha Lurdes Freitas. O serviço de mediação social ajuda as pessoas a resolver conflitos de vária natureza, tais como ruídos nocturnos feitos pelos vizinhos, estacionamento abusivo de automóveis ou odores emanados dos caixotes do lixo.
A mediação social pretende "desbloquear as situações em que há falta de diálogo entre as partes" e "ajudar a encontrar uma solução amigável para os conflitos", acrescenta Aurelia Pattou.
"Trata-se geralmente de questões que envolvem muita mágoa e tristeza e a mediação pretende ser um processo que ajuda as pessoas a terem vontade de restabelecer o diálogo e mostrar-lhes que ainda se podem entender".
De maneira a facilitar o diálogo entre pessoas em conflito, o mediador social, após receber uma chamada através do número verde, "reúne-se separadamente com cada uma das partes e depois, se houver vontade mútua, faz uma reunião conjunta", com o objectivo de ajudar as pessoas a encontrar uma solução amigável. Acima de tudo, a mediação social pretende ser uma alternativa à via judicial, mais morosa e mais dispendiosa.
O serviço dispõe de um número verde (8002 3883), que funciona às terças-feiras entre as 9h e as 11h, e às quintas-feira, entre as 18h e as 20h. Fora deste horário, os interessados em recorrer ao serviço podem contactar os mediadores sociais através de um endereço electrónico ( mediation@mecasbl.lu ).
PROJECTO PREMIADO NA BÉLGICA
O projecto de mediação social do MEC foi premiado pelo grupo Delhaize, através da Fundação Rei Baudoin, na Bélgica. Atribuído à associação em Outubro de 2010, o prémio recebido "financiou a formação dos mediadores", que teve a duração de 60 horas e que se vai prolongar até Maio de 2012, estando previstas outras 60 horas de formação.
A ideia para o serviço de mediação social surgiu no seguimento da publicação de um estudo de mercado sobre problemas de vizinhança, realizado por Romaine Boever, que decorreu entre Outubro de 2007 e Junho de 2008, e que consistiu no envio de um questionário para lares da região leste do Luxemburgo, ao qual responderam 500 pessoas.
O serviço de mediação social foi então criado com o apoio do programa LEADER das regiões da Moselle e do Mullerthal e está disponível para os residentes nas 31 comunas das duas zonas. O projecto está convencionado com as comunas de Bech, Berdorf, Consdorf, Echternach, Heffingen, Rosport e Waldbillig.
Desde a sua abertura oficial ao público em Outubro de 2010 que o serviço de mediação social recebeu uma média de três pedidos de intervenção por mês.
Os mediadores dispenderam cerca de 50 horas de trabalho na totalidade dos processos em aberto, o que dá uma média de oito horas de mediação por mês. O serviço é actualmente prestado em luxemburguês, francês, alemão, inglês e português.
A associação MEC está ligada ao Ministério de Igualdade de Oportunidades e, por causa do trabalho que desenvolve, recebe subsídios para apoiar projectos que tem a decorrer nas áreas de actuação do Ministério.Irina Ferreira.
Oprojecto de mediação social para a resolução de problemas entre vizinhos da MEC "é o único no Luxemburgo que fornece este tipo de serviço", afirma Aurelia Pattou, a coordenadora do projecto. O objectivo da associação "é chegar à comunidade portuguesa", acrescenta a responsável, que sublinha que o serviço é confidencial e gratuito. Desde que abriu portas, o serviço já foi solicitado dezoito vezes mas o MEC tem objectivos mais ambiciosos e quer estender a mão à comunidade portuguesa residente na zona do Mullerthal e da Moselle, áreas onde o projecto está implantado.
"Queremos dar a conhecer o projecto aos portugueses, quebrar a barreira da língua e divulgar o serviço, para que saibam que o atendimento também é feito em português", esclarece Aurelia Pattou.
O serviço conta com 18 mediadores, que são pessoas que se voluntariaram para o projecto, e que receberam sessenta horas de formação em mediação social. Lurdes Freitas, de nacionalidade portuguesa, é uma das mediadoras da equipa e sublinha que "é importante que as pessoas saibam que oferecemos o serviço também em português". O serviço tem uma equipa multicultural, onde para além de mediadores de nacionalidade luxemburguesa, belga, francesa, alemã, italiana, espanhola e árabe, há três de nacionalidade portuguesa.
"O MAIS IMPORTANTE É O DIÁLOGO"
"Os problemas entre vizinhos são muito profundos, e trata-se de questões muito pessoais", sublinha Lurdes Freitas. O serviço de mediação social ajuda as pessoas a resolver conflitos de vária natureza, tais como ruídos nocturnos feitos pelos vizinhos, estacionamento abusivo de automóveis ou odores emanados dos caixotes do lixo.
A mediação social pretende "desbloquear as situações em que há falta de diálogo entre as partes" e "ajudar a encontrar uma solução amigável para os conflitos", acrescenta Aurelia Pattou.
"Trata-se geralmente de questões que envolvem muita mágoa e tristeza e a mediação pretende ser um processo que ajuda as pessoas a terem vontade de restabelecer o diálogo e mostrar-lhes que ainda se podem entender".
De maneira a facilitar o diálogo entre pessoas em conflito, o mediador social, após receber uma chamada através do número verde, "reúne-se separadamente com cada uma das partes e depois, se houver vontade mútua, faz uma reunião conjunta", com o objectivo de ajudar as pessoas a encontrar uma solução amigável. Acima de tudo, a mediação social pretende ser uma alternativa à via judicial, mais morosa e mais dispendiosa.
O serviço dispõe de um número verde (8002 3883), que funciona às terças-feiras entre as 9h e as 11h, e às quintas-feira, entre as 18h e as 20h. Fora deste horário, os interessados em recorrer ao serviço podem contactar os mediadores sociais através de um endereço electrónico ( mediation@mecasbl.lu ).
PROJECTO PREMIADO NA BÉLGICA
O projecto de mediação social do MEC foi premiado pelo grupo Delhaize, através da Fundação Rei Baudoin, na Bélgica. Atribuído à associação em Outubro de 2010, o prémio recebido "financiou a formação dos mediadores", que teve a duração de 60 horas e que se vai prolongar até Maio de 2012, estando previstas outras 60 horas de formação.
A ideia para o serviço de mediação social surgiu no seguimento da publicação de um estudo de mercado sobre problemas de vizinhança, realizado por Romaine Boever, que decorreu entre Outubro de 2007 e Junho de 2008, e que consistiu no envio de um questionário para lares da região leste do Luxemburgo, ao qual responderam 500 pessoas.
O serviço de mediação social foi então criado com o apoio do programa LEADER das regiões da Moselle e do Mullerthal e está disponível para os residentes nas 31 comunas das duas zonas. O projecto está convencionado com as comunas de Bech, Berdorf, Consdorf, Echternach, Heffingen, Rosport e Waldbillig.
Desde a sua abertura oficial ao público em Outubro de 2010 que o serviço de mediação social recebeu uma média de três pedidos de intervenção por mês.
Os mediadores dispenderam cerca de 50 horas de trabalho na totalidade dos processos em aberto, o que dá uma média de oito horas de mediação por mês. O serviço é actualmente prestado em luxemburguês, francês, alemão, inglês e português.
A associação MEC está ligada ao Ministério de Igualdade de Oportunidades e, por causa do trabalho que desenvolve, recebe subsídios para apoiar projectos que tem a decorrer nas áreas de actuação do Ministério.Irina Ferreira.