Na margem do rio Alzette, em Ettelbruck, onde outrora existiu um simples pavilhão de exposições, surge hoje a modernidade e o design arrojado de um complexo hall multiusos.

Foi em 1972, por ser necessária uma sala para utilização das várias associações organizadoras de bailes e diversos tipos de exposições, que é iniciada a construção do Hall Deich, concluído em 1976. Durante 30 anos, este espaço, situado próximo do centro de Ettelbruck, viria a receber todo o tipo de actividades até que, em Abril de 2006, a sua licença de exploração expira. Por se situar numa zona inundável durante o Inverno, e devido ao seu estado de degradação, à antiquada isolação acústica e térmica e ao seu inadequado sistema de segurança, a sua renovação impôs-se. É então que a comuna de Ettelbruck lança o concurso para a construção de um novo hall capaz de responder às mais variadas exigências dos nossos dias.

Em Abril de 2011 é inaugurado um novo espaço de 1.500 metros quadrados, dotado com mais três salas de reunião no primeiro andar e com capacidade para acolher até três mil pessoas.

Mike Besch e Joaquim da Costa, dois jovens arquitectos – o primeiro luxemburguês, o segundo lusodescendente, foram premiados em concurso logo após a conclusão do curso de arquitectura, que ambos terminaram no ano 2000. Em 2003, surge o primeiro projecto conjunto de uma casa unifamiliar, que os leva a decidir que teriam de "construir" algo de futuro. A aventura Besch da Costa Arquitectos começa em 2004 e é oficializada em 2006. É com a vitória do concurso público da construção do novo Hall Deich na vila de Ettelbruck, inteiramente desenhado e concebido por esta dupla de arquitectos, que a grande aposta começa com o início das obras em Abril de 2009. Durante dois anos conduzem este enorme empreendimento orçado em seis milhões de euros para que, em Abril de 2011, e na presença de Jean-Paul Schaaf, burgomestre de Ettelbruck, e Romain Schneider, ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, o novo espaço multiusos, Hall Deich ou "Däichhal", entre em funções. Concebido com materiais de elevada qualidade, como o telhado em alumínio de cor dourada, ou de última geração, como é o caso da fachada lateral coberta com relva sintética de cor negra. Tudo foi estudado ao pormenor, de forma a dar tudo por tudo, num espaço futurista, transpirando glamour pelas cores escolhidas e pelas suas formas arredondadas. Em suma, Ettelbruck possui agora um novo espaço completamente diferente dos existentes no país, uma obra colossal, que respira modernidade e futurismo. Rui Melo